Instituto Brasileiro de Museus

Museu Imperial

Casa de Cláudio de Souza


CONTATO

Telefone: (61) 3521-4455
Coordenação Técnica: (24) 98142-0068

E-mail: mimp.casaclaudiodesouza@museus.gov.br

Endereço: Praça Rui Barbosa, 247 – Centro – Petrópolis/RJ – CEP 25685050


Fechada para reparos


A casa de Claudio de Souza encontra-se fechada temporáriamente para reparos e apresentação de nova museografia com previsão de abertura em março de 2024.


A Casa de Cláudio de Souza, localizada na Praça da Liberdade, em Petrópolis, foi construída no final do século XIX. Em 1956, foi doada à União por dona Luísa Leite de Souza, viúva do acadêmico Cláudio de Souza, para ser anexada ao Museu Imperial e receber atividades culturais. A doação foi aceita pelo Decreto nº 39.446/1956, assinado pelo presidente Juscelino Kubitschek. Além da edificação, foram doados livros, fotografias e demais objetos do escritor.

Em 1964, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A edificação abriga as sedes do Instituto Histórico de Petrópolis, Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, Academia Petropolitana de Letras, Academia Petropolitana de Educação e Academia Petropolitana de Letras Jurídicas.


 Cláudio de Souza (1876-1954)

Natural de São Roque (SP), Cláudio Justiniano de Souza era filho de Cláudio Justiniano de Souza e Antônia Barbosa de Souza. A inclinação para a escrita começou bem cedo em sua vida, colaborando para os jornais cariocas O Correio da Tarde e A Cidade do Rio.

Em 1897, formou-se em medicina no Rio de Janeiro e retornou para São Paulo, clinicando na capital e lecionando na Faculdade de Farmácia, hoje pertencente à Universidade de São Paulo.

Em 1898, publicou seu primeiro trabalho, Os nevropatas e os degenerados, ao mesmo tempo em que continuou contribuindo para jornais por meio de pseudônimos. Sua estreia no teatro ocorreu em 1915, com a comédia Eu arranjo tudo. Pouco depois, apresentou Flores de sombra, que se tornou uma obra de grande influência no teatro brasileiro.

Membro-fundador da Academia Paulista de Letras em 1909, abandonou definitivamente a medicina em 1913, passando a dedicar-se às viagens pelo mundo e à literatura. Casado com a Sra. Luísa Leite de Souza, filha do barão do Socorro, fixou residência no Rio de Janeiro.

Escreveu inúmeras peças teatrais, artigos e textos científicos. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1924, ocupou a cadeira de número 29 (cujo patrono é Martins Pena). Presidiu a ABL por duas vezes, em 1938 e 1946, tendo dirigido as comemorações do cinquentenário daquela instituição. 


Coleção

Quando dona Luísa Leite de Souza, viúva de Cláudio de Souza, doou a casa do acadêmico ao Museu Imperial, em 1956, a doação incluiu o vasto acervo presente na edificação que conta com livros, fotografias, móveis e outros. Essas peças encontram-se preservadas nos setores técnicos do Museu, abertas à consulta do público.

A biblioteca particular de Cláudio de Souza doada ao Museu possui um total de 660 obras, incluindo livros de sua autoria e de outros autores consagrados. A maioria é constituída por peças de teatro brasileiro com dedicatória dos autores.

A coleção, preservada na Biblioteca do Museu Imperial, engloba ainda algumas obras raras, tais como: Cântico da paschoa (Aloysio de Castro, 1930); Madame de Sablé: nouvelles études sur la societé et les femmes illustres du XVIIe. siécle (Victor M. Cousin, 1859); Le more de Venise: journal d’un poète (Alfred de Vigny, 1863); O romance de um homem rico (Camilo Castelo Branco, 1889); Sentenças de d. Francisco de Portugal, 1º Conde do Vimioso: seguidas das suas poesias publicadas no Cancioneiro de Garcia de Resende (1905); L’oeuvre du divin Arétin (1909).

O restante da doação encontra-se na reserva técnica do Museu, sob responsabilidade do setor de Museologia. Ao todo, são 158 peças, entre as quais móveis, objetos de uso pessoal e pinturas modernistas.