CONTATO
E-mail: mimp.laboratorio@museus.gov.br
Responsável: Beatriz Penna
O Laboratório de Conservação e Restauração realiza atividades de preservação, conservação e restauração do acervo arquivístico, bibliográfico e museológico sob a guarda do Museu Imperial. Tais atividades são norteadas pelo conhecimento científico e histórico de forma que integridade e autenticidade dos objetos sejam respeitadas.
Cada obra recebe um tratamento meticuloso e delicado que envolve várias etapas como: pesquisa histórica, diagnóstico do estado de conservação, proposta de tratamento, registro fotográfico, acondicionamento entre outras. A equipe do Laboratório ainda orienta quanto às de medidas preventivas para a exposição ou guarda do acervo, e realiza o monitoramento das condições climáticas do espaço físico, buscando manter sua integridade, com o objetivo de aumentar a sua longevidade.
Periodicamente a equipe do Laboratório troca conhecimentos com outras instituições, dando e recebendo orientações quanto à manutenção do acervo. Além de atender estudantes, pesquisadores, bem como o público em geral interessados no tema. Também disponibiliza oficinas com temas que propiciam a divulgação e a preservação da cultura. Afinal, os povos que mais preservam sua identidade cultural são aqueles que mais possuem envolvimento com o tema. Portanto toda essa prática permite que o Laboratório cumpra com sua função social.
Entre as atividades do Laboratório a Preservação é uma rotina considerada imprescindível para o acervo. Desde a observação atenta e minuciosa da coleção exposta, até o cuidado com o ambiente onde o acervo fica acondicionado, inúmeras medidas são tomadas para que a preservação seja uma medida eficaz, resguardando a obra de qualquer dano.
Outra ação desenvolvida pelo Laboratório é a Conservação Preventiva, que atua diretamente no acervo e propõe critérios para sua manutenção. Dentre as medidas de conservação, destacam-se: a higienização do acervo, fixação de partes soltas, reforços de pequenas partes e confecção de acondicionamento específico para cada peça. Todas são ações que impedem ou atrasam o processo de deterioração.
Entretanto, mesmo com as intensas ações de preservação e de conservação, em alguns casos o dano estrutural se instala no acervo, seja em virtude de seu material constitutivo, da própria ação do tempo ou do uso que a peça recebeu um dia. Nesses casos, faz-se necessária a Restauração dos itens. É sabido que todo processo de restauração engloba riscos, por isso, as ações de preservação e de conservação são cruciais para que se evite o processo restaurador. Quando se faz necessário, antes de qualquer intervenção no acervo, faz-se detalhado estudo das peças, identificando seu material constitutivo, seu estado de conservação e selecionando os melhores materiais a serem utilizados e as técnicas restauradoras ideais para o caso. O Laboratório realiza o processo de restauração do acervo através da captação de recursos, da contratação de pessoal especializado, ou por meio da elaboração de projetos.
Projetos realizados pelo Laboratório
Gravuras para a Exposição “D. Maria da Glória: princesa nos trópicos, rainha na Europa”
Nos meses de Outubro e Novembro de 2019, 28 gravuras do acervo do Museu Imperial foram restauradas. Tais itens encontravam-se em estado de conservação bastante frágil. Apresentavam altos índices de acidez, bastante fragilidade mecânica e, em alguns casos, havia inclusive perda de suporte, o que deixava ainda mais frágeis determinados itens. Dessa forma, o processo de restauração estabilizou alguns danos existentes, reverteu o processo de acidificação e consolidou as peças, dando a eles uma resistência física maior. Assim, sua longevidade foi garantida permitindo que futuras gerações possam usufruir desse acervo. A Restauradora Dulce Maia e o Restaurador Thiago Neves foram contratados para a realização deste trabalho em conjunto com a equipe do Laboratório.
Processo de banho químico em gravuras. Gravura em banho químico. Resultado final de gravura.