O estereoscópio é um aparelho utilizado para visualizar estereoscopias, isto é, um par de fotografias que eram produzidas por uma câmera própria que captava duas imagens ao mesmo tempo com uma pequena diferença de ângulos, semelhante a distância entre os olhos. Quando vistas através do visor binocular do estereoscópio a imagem parecia tridimensional, efeito semelhante ao do cinema 3D que existem atualmente.
A fotografia estereoscópica começou a ser comercializada em meados do século XIX, tendo seu auge nas décadas de 1860 e 1870. O acervo do Arquivo Histórico do Museu Imperial dispõe de diversos exemplares de estereoscopias, tanto em papel quanto em placas de vidro.
No acervo museológico existem alguns exemplares de estereoscópios, como este modelo de mesa, marca Le Taxiphote de fabricação francesa. Outro modelo, também de fabricação francesa, marca Jules Richard, é o estereoscópio portátil que permitia mais praticidade no seu manuseio por ser dobrável.
As estereoscopias eram utilizadas, principalmente, como entretenimento. Famílias abastadas que podiam arcar com os custos de possuir um avanço tecnológico da época, apreciavam imagens de paisagens e monumentos históricos em reuniões sociais. Com o passar do tempo as técnicas de produção e reprodução de imagens foram se tornando mais populares, alcançando outras camadas da sociedade.
No Brasil, o fotógrafo Revert Henrique Klumb (c. 1826 – c. 1886) se destacou como pioneiro na produção de estereoscopias, produzindo imagens da vida urbana, das cidades do Rio de Janeiro e de Petrópolis, além de retratar a Família Imperial. Ele foi professor de fotografia da princesa Isabel e recebeu o título de “Fotógrafo da Casa Imperial”, em 1861.