Instituto Brasileiro de Museus

Museu Imperial

Patrimônio da Humanidade

Criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1992, o Programa Memória do Mundo da UNESCO/Memory of the World (MoW) reconhece documentos e/ou conjuntos documentais e bibliográficos como patrimônio da humanidade. Uma vez analisados e aprovados por comitês de renomados especialistas, os bens culturais são inscritos nos registros nacional, regional e internacional do referido programa com o objetivo de garantir sua preservação, ampliar sua difusão e estimular o acesso de pesquisadores e do público em geral.  

Para mais informações:

Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO

http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2233&sid=91

Registro Regional para a América Latina e o Caribe do Programa Memória do Mundo da UNESCO

https://mowlac.wordpress.com/

Registro Internacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO

http://www.unesco.org/new/en/communication-and-information/flagship-project-activities/memory-of-the-world/homepage/

O Museu Imperial possui 5 (cinco) conjuntos inscritos nas 3 (três) dimensões do programa:

DOCUMENTOS RELATIVOS ÀS VIAGENS DO IMPERADOR D. PEDRO II PELO BRASIL E PELO MUNDO.
REGISTRO INTERNACIONAL (MOW), 2013.

Os Documentos Relativos às Viagens do Imperador D. Pedro II pelo Brasil e pelo Mundo são parte integrante do Arquivo da Casa Imperial do Brasil, doado ao Museu Imperial pelo príncipe d. Pedro Gastão de Orleans e Bragança, bisneto de d. Pedro II, em 1949. O conjunto é formado por diários, itinerários de viagens, correspondências, registros de visitas, contatos do imperador, relatórios de despesas, periódicos, panfletos, programas, homenagens, convites, desenhos e totaliza 2.120 documentos. A documentação permite traçar um painel do século XIX, suas transformações e a passagem à modernidade, revelando aspectos do pensamento, das descobertas científicas, da diversidade cultural e das paixões políticas, e analisar as relações diplomáticas do Brasil com outros países.

D. Pedro de Alcântara. “Karnak”. Desenho a lápis, 1876.
A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA: REPRESENTAÇÕES ICONOGRÁFICAS E CARTOGRÁFICAS, EM CONJUNTO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS.
REGISTRO REGIONAL PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (MOWLAC), 2013.

A Guerra da Tríplice Aliança deixou marcas indeléveis na história da América Meridional. Um dos conflitos armados mais cruentos do século XIX e um dos mais longos das Américas, redefiniu as fronteiras nacionais do entorno do Rio da Prata, bem como marcou os processos históricos dos países envolvidos: Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai. De um lado, provocou a destruição total da organização econômica do Paraguai e a condução deste a uma posição desprivilegiada na geopolítica regional; de outro, a vitória, paradoxalmente, não trouxe prosperidade para os demais contendores. Os efeitos da guerra provocam reflexos ainda hoje, haja vista a diversidade de interpretações históricas, ora definidas por forte orientação nacionalista, ora decorrentes de revisionismos das historiografias nacionais sensíveis às mudanças das conjunturas políticas de cada país.

Mas, para além dos registros da carnificina humana, emergem documentos visuais que descortinam territórios, visões múltiplas do espaço geográfico; descrevem as casas, os acampamentos, as fortificações, os equipamentos, as obras dos homens; e retratam tipos humanos não contemplados pela arte acadêmica como os negros escravos que, tornados soldados, guerrearam por sua própria liberdade. Em suma, são imagens que documentam a trajetória de homens comuns que construíram a sua própria história. oriografias nacionais sensíveis às mudanças das conjunturas políticas de cada país.

Conde d´Eu e grupo no campo de operações. Villa do Rosário, Paraguai, 13.01.1870.
COLEÇÃO SANSON – FOTOGRAFIAS ESTEREOSCÓPICAS DE VIDRO PELO FOTÓGRAFO AMADOR OCTÁVIO MENDES DE OLIVEIRA CASTRO.
REGISTRO NACIONAL DO BRASIL (MOW-BR), 2013.

A coleção constituída de 1374 chapas estereoscópicas de vidro do sistema Versacopee 1 caderno manuscrito contendo o índice das imagens produzidas por Octávio Mendes de Oliveira Castro foi doada ao Museu Imperial pelo casal Luiz Alberto de Sanson e Maria Lúcia David de Sanson, descendentes do fotógrafo, em 2005 e 2009.  São imagens da vida doméstica e privada de uma família aristocrática, com seus passeios, viagens e eventos sociais e registros de importantes eventos ocorridos no Rio de Janeiro, como a grande exposição nacional de 1908 e a exposição internacional de 1922, e de transformações econômicas, como a construção de praças, edifícios e abertura de estradas de ferro e de rodagem em diferentes partes da federação.  Como resultado, a Coleção Sanson documenta a natureza exuberante do país e o desenvolvimento arquitetônico, urbanístico e paisagístico de diversas cidades do Brasil e do exterior sob o olhar sensível de um apaixonado fotógrafo amador.

Positivo estereoscópico em vidro retratando o fotógrafo Octávio Mendes de Oliveira Castro, sua esposa Laura e os filhos Eugênia, Maria Elisa, Octávio, Laura e Arnaldo sentados no banco do jardim da casa da rua Souza Franco, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Sem data.
Positivo estereoscópico em vidro retratando o portão de entrada da Exposição Nacional de 1908 realizada na Praia Vermelha/Urca, zona sul do Rio de Janeiro. 00/00/1908.
COLEÇÃO CARLOS GOMES DO MUSEU IMPERIAL (1855-1942).
REGISTRO NACIONAL DO BRASIL (MOW-BR), 2012.

A Coleção Carlos Gomes do Museu Imperial é formada por 285 documentos textuais, bibliográficos e iconográficos relacionados aos temas história da arte e da música, relações comerciais e jurídicas e vida social e cultural dos séculos XIX e XX no Brasil e no exterior. A coleção tem como datas de produção o período entre 5 de fevereiro de 1855 e 2 de dezembro de 1942 e foi doada ao Museu Imperial por Ítala Vaz de Carvalho, filha do maestro Antônio Carlos Gomes, nos anos de 1946 e 1950.

Carlo Ferrario. “Campo degli Aimoré”.  Aquarela sobre papel, 1870. Cenário da primeira produção da ópera “Il Guarany”, no Teatro allla Scala, Milão.

DIÁRIO DAS VIAGENS DO IMPERADOR D. PEDRO II PELO BRASIL E PELO MUNDO.
REGISTRO NACIONAL DO BRASIL (MOW-BR), 2010.

D. Pedro de Alcântara. “Morro de São Paulo, 5 de outubro de 1859”. Desenho a lápis.